Visitas às Paróquias e Centros pastorais, para encontrar os Responsáveis de Grupos, Movimentos e Associações apostólicas, marcam a fase pré-sinodal já em andamento na Diocese de Viana, em Angola, disse em entrevista ao Vatican News o P. Domingos Pestana, Coordenador diocesano dos trabalhos sinodais.
P. Bernardo Suate – Cidade do Vaticano
Foi já constituída a Equipa de presidência do Sínodo e um Secretariado específico, para a animação do Sínodo na Diocese de Viana, afirmou em entrevista o missionário dehoniano P. Domingos Pestana. Objectivo principal, assegura P. Pestana – é, nesta nossa fase pré-sinodal, passar pelas Comunidades cristãs da Diocese, para dinamizar, informar e formar sobre o caminho sinodal, de modo que “todos os fiéis, a começar pela Base, se sintam participantes e integrantes deste grande projecto, que é escutar toda a Igreja, e escutar de modo particular os leigos”.
Fiéis entusiasmados com participação no Sínodo
Nos Sínodos anteriores, observa o missionário, o Sínodo era reflexão dos Bispos feita a partir de Roma, e agora os fiéis sentem-se entusiasmados com esta oportunidade de serem escutados, participarem e partilharem do grande desafio que a Igreja propõe, “e com esta comunhão, sentem-se quase como se estivessem integrados ao Papa e a todos os que vão propondo esta reflexão”, enfatiza o Sacerdote, ressaltando que o objectivo é “preparar primeiro as Comunidades e seus Responsáveis, para que eles possam dinamizar o Sínodo e, deste modo, alcançar o maior número possível de crsitãos e fiéis, até ao último cristão, lá nos lugares mais distances da Diocese.
Formação das famílias e da juventude
Dos encontros realizados, começam a emergir temas comuns e preocupações partilhadas, como a formação das famílias e da juventude: “é importante continuar a formar mais, para os desafios que à Igreja se vão apresentando nos nossos dias”, observou. E Padre Domingos também falou dos desafios da Igreja na Diocese de Viana, na periferia da capital (Luanda): além da pandemia de Covid-19, o grande número de habitantes, a falta de emprego, o paludismo e outras doenças que vão ceifando vidas humanas, os novos pobres vítimas da pandemia, e famílias desintegradas … preocupações a que também a Igreja deve procurar dar resposta
A fase pré-sinodal irá até inícios ou meados de setembro, diz ainda o Padre Pestana, e cada Paróquia está a criar o seu núcleo e secretariado de animação sinodal e, depois, juntamente com os Coordenadores paroquiais, se vão identificar os denominadores comuns, a serem apresentados no Sínodo diocesano, nos meados de outubro.
Comissões sinodais nas Dioceses da CEAST
Uma actividade semelhante acontece nas outras dioceses da Conferência Episcopal de Angola e São Tome (CEAST), com a criação de uma Secretaria Geral a nível da Conferência, explicou o missionário. Se pode, portanto, dizer que, antes do início do Sínodo, todos os cristãos estarão a rezar pelo êxito do Sínodo, e que em todas as Dioceses estão a ser criadas Comissões para a mesma finalidade, trabalhando em comunhão.
Escutar as Bases, grande novidade do Sínodo
Esta comunhão, concluiu P. Pestana, será efectiva e real quando todos nos sentirmos participantes, porque todos somos enviados em missão, cada um com o serviço a que é chamado. Mas o facto de escutar as Bases, grande novidade deste Sínodo e de escutar o povo dos vários Continentes, esta reflexão interna, vai ser uma grande riqueza para a nossa Igreja, para a Igreja do mundo inteiro, e também para as Igrejas particulares, porque aí vamos encontrar caminhos de comunhão e participação.